quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Hackers. Eles não são os vilões da história

Apesar de estarmos acostumados a ouvir casos de invasão de computadores praticados por hackers, a maioria destes ataques são, na realidade, realizadas pelos crackers. Atualmente a mídia impressa, eletrônica e audiovisual está utilizando o termo correto porque “hacker” transformou-se em uma profissão. 

Os crackers são indivíduos que utilizam seu conhecimento para invadir computadores e roubar informações confidenciais. Geralmente essas informações são vendidas ou utilizadas para aplicar golpes na Internet. 

Já o hacker é um indivíduo que utiliza seu conhecimento para testar os recursos de segurança instalados na empresa. Imagine a seguinte situação: você instalou um novo gerador de energia na sua empresa ou residência. É necessário testar este novo recurso contra a falta de energia elétrica. Você testa o novo gerador desligando a energia da sua empresa ou residência para verificar se o gerador é ativado e a energia é restabelecida. No mundo virtual o trabalho de um hacker é similar ao teste do gerador. Após a instalação de um controle de segurança, o hacker tenta realizar uma invasão ao sistema protegido para verificar se o controle de segurança foi instalado e configurado de forma correta. O hacker nunca invade um sistema com o intuito de causar danos. 

O hacker é uma pessoa que tem um perfil autodidata. A maior parte das pessoas acredita que o hacker tem uma formação técnica. Ou seja, trata-se de uma pessoa que participou de cursos de graduação na área de tecnologia da informação ou formou-se em algum curso técnico relacionado a alguma tecnologia. Isso não é verdade! Por exemplo, o iPhone (smartphone desenvolvido pela Apple) foi lançado em 2007. Na época do seu lançamento a tecnologia foi considerada inovadora. A principio, só era possível utilizar a função de aparelho celular do iPhone em conjunto com a operadora AT&T nos Estados Unidos. O aparelho estava bloqueado para funcionar em outros países, incluindo o Brasil. Pouco tempo após o lançamento, o iPhone foi desbloqueado por brasileiros. Os responsáveis pelo desbloqueio não aprenderam na faculdade ou em cursos técnicos como desbloquear o iPhone. Isso ocorre porque os cursos não conseguem acompanhar o avanço da tecnologia. 
Dai então surgiu o hacker ético, aquele que vai trabalhar em defesa de organizações contra os crackers,avaliando a conformidade com a política de segurança, identificando ameaças e vulnerabilidades desconhecidas para a organização. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário