quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Evangelion e seu reflexo filosófico do mundo

Por que vivemos?, o que é a felicidade? E, até mesmo, como compreendemos o mundo em que vivemos? 
São perguntas que atormentam a mente de todo ser humano, perguntas que são questionadas como um grito pro mundo, quando na verdade tem que ser direcionada pro interior de nós mesmos, que no caso do anime, é para o personagem Shinji.
Um menino sem sal que nada mais é o reflexo da nossa mente num momento de desespero por respostas compreensíveis.
A voz do personagem, fala basicamente sobre as relações humanas. O que isso quer dizer?
Em síntese, para que as coisas existam, elas precisam se distinguir entre si. Inclusive nós, os seres humanos. Ao mesmo tempo, quanto mais nos distinguimos, mais adquirimos individualidade. Quanto mais individualidade, mais temos oportunidade de desenvolver emoções próprias. E, à medida que tomamos consciência de nossa própria existência, torna-se necessário dar algum sentido para ela. E as pessoas precisam relacionar-se para construir esse sentido, ou seja, precisam viver juntas.
Essa idéia se desenvolve da seguinte forma. O espaço vazio,que representava a vida de Shiji antes, representa o estado de liberdade total. Mas nada existe nesse estado. Para que tudo seja possível, é preciso que não exista nada, em particular. Para algo existir, é preciso que se estabeleça uma distinção fundamental.A idéia é que existir é ser limitado. É um paradoxo. Precisamos ser limitados, pela realidade, pelos outros, para existirmos, para sermos quem somos e para termos um sentido para nossa existência.

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